domingo, 6 de fevereiro de 2011

De Nome, Esperança

in De Nome, Esperança
Em cima da mesa está tudo o que preciso: os cadernos; o último conto; e a minha vontade de contar.
Confundo-me com a história que começo.

– Não andes nem mais um metro! – gritou, e eu estaquei.
A situação não podia ser mais estranha, embora também me parecesse previsível, como se há muito tempo a esperasse.
– Senta-te! – ordenou, desta vez num tom mais calmo, menos assustado.
– Sou eu, não percebes?
Não percebias que nada mudara, isso era claro. Mantinhas o braço esticado, o que primeiro me impedira de me aproximar e que agora apontava para a cadeira triste de madeira, onde tantos outros antes de mim se haviam certamente aquietado, não tanto por desejo nem medo, mais por saber que nada iria mudar o que ali se passava.
Sentei-me, que mais poderia ter feito?

Eu, escrevi. Que mais poderia ter feito?

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